Comerciantes dizem que criação de feriado do ‘dia do evangélico’ é inviável para comércio em Cuiabá

A criação do ‘dia do evangélico’ já havia sido apresentado pelo vereador Marcream Santos (PRTB) em 2015. Na época, o projeto chegou a ser aprovado, inclusive como feriado. Porém, o então prefeito Mauro Mendes (DEM) vetou proposta.

Ainda assim, a maioria dos parlamentares que estavam na Câmara naquele ano votaram pela derrubada do veto e aprovaram a instituição de 31 de agosto como ‘dia do evangélico’. O feriado também foi aprovado, porém, segundo Marcream, depois de uma polêmica com as instituições que representam o comércio, a Lei foi revogada.

Nesta gestão, Marcream apresentou a proposta novamente. Desta vez, a proposta tem duas emendas. Uma delas foi apresentada pelo vereador Dilemário Alencar (Pros) propõe que o dia do evangélico seja transferido para o último domingo do mês de agosto.

A outra emenda foi apresentada por Adilson Levante (PSB) e transfere a data para a última segunda-feira do mês de agosto. Marcream afirma que a maior parte dos parlamentares é favorável à mudança proposta por Levante.

A nova proposta, juntamente com as emendas, deve ser votada nessa sexta-feira. E, na tentativa de impedir a votação, a Fecomércio convocou comerciantes e empresários para comparecerem à sessão.

Com relação à polêmica diante dos possíveis prejuízos comerciais, Marcream disse que a proposta é que, sendo aprovado o feriado, na data, seja criado um evento das igrejas evangélicas.

“A nossa ideia é fazer um evento que vai atrair várias pessoas para Cuiabá e assim, movimentar outros setores do comércio como hotelaria, restaurantes, lanchonetes, uber e táxi”, argumentou ele.

O autor da proposta argumentou ainda que em outros estado e até em outros municípios de Mato Grosso o feriado do dia do evangélico já foi instituído e não ocasionou prejuízos.

O pastor Sebastião Rodrigo de Souza, presidente da Assembleia de Deus de Mato Grosso, não é favorável à criação do feriado. Ele diz que não é contra a existência do Dia do Evangélico e sim de institui-lo como feriado. Ele também alega que a proposta prejudica comerciantes e empresários.

G1